
“Onde já se viu o género passar a ser uma escolha e não uma realidade biológica e espiritual?”, questiona o jurista.
O debate público foi inundado de questões de género nos últimos dias. “Infelizmente, de forma completamente enviesada e politicamente comprometida”, defende André Ventura.
Em causa está a ideologia de género que é defendida por algumas correntes, aos vários níveis sociais – entre as quais o ensino.
“É uma derivação do marxismo cultural e um abuso sobre a identidade das crianças. É um abuso tremendo e chocante da identidade e do direito ao livre desenvolvimento da personalidade da criança”, considera André Ventura.
Para o jurista, o género não pode passar a ser uma opção: “Onde já se viu deixar de haver pai e mãe, para serem substituídos por progenitor 1 e progenitor 2? Onde já se viu o género passar a ser uma escolha e não uma realidade biológica e espiritual?”
De acordo com a corrente de pensamento da ideologia de género, a identidade sexual dos seres humanos não depende da biologia, mas de fatores culturais. É uma corrente que não gera consenso.
“Estamos a caminhar para uma ridícula construção de categorias sociais, o que é especialmente grave se tivermos em conta que tal transformação carece totalmente de legitimidade democrática”, conclui André Ventura.