Líder do Chega diz que a Igreja “tem o seu tempo” e os seus “procedimentos” e, por isso, pede “compreensão” perante o momento que vive. Mas isso não significa “que não tenhamos que ser muito firmes”.
O líder do Chega, André Ventura, diz que é preciso firmeza nas investigações de abusos sexuais na Igreja, mas pede “compreensão” perante o “momento” que a Igreja “está a viver”. Em declarações aos jornalistas na Feira de São Mateus, em Viseu, Ventura disse lamentar que os sucessivos casos de alegados abusos sexuais que têm sido divulgados, nomeadamente pelo Observador, estejam a acontecer na Igreja Católica, à qual pertence.
“Podemos reagir [aos casos] de duas formas diferentes: lamentar ou então saudar o esforço que está a ser feito pela verdade e transparência”, começou por dizer. “Lamento que isso aconteça na Igreja à qual pertenço”, acrescentou.
Ventura quer mão firme nas investigações. “Em matéria de abusos sexuais de menores não pode haver nenhuma barreira. Quer a Polícia Judiciária, quer o Ministério Público têm de ter via aberta para investigar sem qualquer limite”. Mas defende que a Igreja “tem o seu tempo” e pede “compreensão” perante o momento que atravessa.
Fonte: Observador