“Temos assistido com enorme preocupação ao que se passa no metro de Lisboa, na mobilidade urbana da capital, e decidimos hoje chamar para uma audição urgente o secretário de Estado da Mobilidade Urbana ao parlamento, para dar explicações que nos parecem fundamentais”, afirmou o líder do CHEGA.
De acordo com o requerimento, entretanto divulgado pelo partido CHEGA, o pedido é para que o secretário de Estado seja ouvido na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação.
Em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, André Ventura, indicou que quer ver esclarecido “porque é que as obras tiveram em simultâneo uma data de início que se sabia que ia prejudicar a mobilidade urbana em Lisboa”.
“Todas as entidades envolvidas agora dizem que estão no seu limite, mas isto devia ter sido acautelado antes. Não só não há alternativas, como todas as obras começaram e se desenvolvem em simultâneo, isto numa altura em que a mobilidade é fundamental”, defendeu.
Ventura considerou “absolutamente desnecessário” que as intervenções de expansão da rede do metro decorram ao mesmo tempo e, apesar de ressalvar que “é evidente que as obras têm de ser feitas”, apontou que “a forma como foram concebidas e planeadas é um atentado, um mal-estar permanente, à vida dos cidadãos”.
“Não queremos deixar passar mais tempo sem ouvir o Governo nesta matéria, perceber porque é que não foram criadas alternativas e porque estamos a falar de cerca de 500 milhões de euros em derrapagem nas obras do metro de Lisboa e do Porto”, acrescentou.
Fonte: Folha Nacional