Eleições Presidenciais de 2021
O Meu Diário de Voto em André Ventura por Gabriel Mithá Ribeiro
Leia diariamente nesta página textos, excertos ou frases destinados a resgatar os portugueses da alienação mental imposta pelas elites jornalísticas, académicas, intelectuais, políticas ou artísticas de um regime falido. Contra ele, André Ventura e o CHEGA fazem germinar uma força moral e cívica imparável que fará nascer a IV República Portuguesa.
Nos textos que publico e intervenções que faço tenho a preocupação insistir no fundamental, no que determina o resto. É o caso da particularidade que nos define enquanto espécie humana, o pensamento. Quando procuramos captá-lo, compreendê-lo, interpretá-lo, valorizá-lo preservamos o hábito saudável de ver a árvore, mas revelamos enormes dificuldades em abandonar o erro crasso de não vermos a floresta. Daí em diante a compreensão do mundo fica turva, até o óbvio fica difícil de enxergar.
A árvore é o pensamento individual. É o pensamento do intelectual, do filósofo, do escritor, do ensaísta, do romancista, do poeta, por aí adiante. São aqueles indivíduos, alguns notáveis, que traduzem o seu pensamento em livros e escritos. É para esses que tendemos a reservar a categoria de pensador. A floresta é outra coisa, é o nosso lado cego, abandonado, é o pensamento social ou pensamento coletivo. A floresta é o pensamento de senso comum que as sociedades produzem à medida que os indivíduos se relacionam uns com os outros nas ruas, cafés, zonas de residência, locais de trabalho, transportes, convívios, redes sociais, por aí adiante.
Porque essa é a natureza humana, a árvore e muito mais floresta do pensamento nunca são estáticas no tempo e no espaço, estão em reinvenção permanente. Por essa e por todas as razões, na sua eterna caminhada o ser humano necessita de liberdade para se ir adaptando com sabedoria ao mundo.
Sociedades que são sociedades renovam-se pensando por si mesmas sem pedir licença a quem quer que seja, muito menos a umas quantas figuras intelectuais ou políticas, tanto pior quando a sua credibilidade é duvidosa. Perceber e respeitar as sociedades é, acima de tudo, tratá-las como sujeitos coletivos que pensam, atitude reveladora de uma forma superior de inteligência que alguns indivíduos possuem por intuição ou por via da reflexão, do estudo, da meditação. É uma das qualidades de André Ventura.
Por defeito congénito ou teimosia, os seus adversários acantonados na comunicação social, nos partidos políticos do regime, nos meios académicos, intelectuais e artísticos para parecerem muitos, mas que representam quase nada no universo coletivo pensante, manifestam ufanamente possuir uma dimensão fundamental da sua inteligência castrada, justamente a que lhes permitiria compreenderem o mundo além do seu umbigo, o sentido da realidade vivida pelas pessoas comuns tal como se manifesta nos seus quotidianos. Enquanto uns aprendem a corrigir-se, outros julgam disfarçar o seu estado de inteligência seriamente danificada insistindo em acusar quem a possui integral e saudável de populista de extrema-direita, o que agrava o seu narcisismo patológico herdeiro direto da castração mental imposta pelos soviéticos.
Só quem tem em conta a árvore e a floresta é que consegue aproximar-se e identificar-se com noções equilibradas e tão completas quanto possível do que é a complexidade do pensamento humano. Na prática, só dessa forma é possível respeitar a plenitude do ser humano, aquilo a que estamos moral e civicamente obrigados.
Quem apenas enxerga uma das metades da condição humana – a biológica ou a mental; a afetiva-emotiva ou a racional; a teórica ou a prática; a especulativa ou a empírica; o coração ou a cabeça; a tradição ou a modernidade; a individual ou a coletiva –, o mesmo que dizer que quem só enxerga a árvore e não enxerga a floresta ou, enxergando ambas, despreza uma das dimensões para sobrevalorizar a contrária acabará por interpretar erradamente o mundo. Essa é a génese dos fenómenos de alienação social que são, antes de mais, fenómenos de alienação mental socialmente disseminados por quem controla os meios para o fazer.
Desde o século XX, a novidade foi a da alienação social passar a ser imposta pela casta minúscula referida (académicos, intelectuais, jornalistas, autodenominados agentes da cultura como músicos, atores, artistas plásticos, entre outros) que substituiu, com grande eficácia, a fontes populares ou religiosas de alienação social dos séculos precedentes. Aos olhos de tal casta, ai do desalinhado que ouse comprovar e defender publicamente que a floresta existe, que as sociedades pensam, sentem e têm o direito de se manifestar e decidir por si mesmas sem a tutela de uns quantos iluminados, sem a tutela de uma casta autoconvencida que é dona exclusiva do pensamento e sentimento humanos ou, pelo menos, que é dona do pensamento e sentimento corretos. Esse desalinhado será estigmatizado como perigosíssimo populista de extrema-direita. Felizmente que o senso comum não é ignorante nem intelectualmente estúpido, e não é por acaso que as suas tradições e crenças não morrem, antes podem melhorar com a passagem das gerações.
Caro Leitor, espero que entenda o valor moral, intelectual e cívico de André Ventura e o quanto lhe devemos e deveremos. Votar na sua candidatura presidencial, apelar ao voto nela, combater quem a combate é o mínimo que a minha consciência e inteligência exigem. Não só pelas razões abstratas referidas, mas também por razões concretas, por vivermos num país no qual a dignidade existencial e as condições de vida dos portugueses comuns têm sido gravemente incompreendidas, ignoradas, humilhadas, ostensivamente prejudicadas por todo um regime, a Terceira República.
O destino decidiu, finalmente, colocar-lhe um travão através de uma força messiânica que está acima do carisma, este a autoridade natural da capacidade de liderar, aquela uma qualidade humana ainda mais rara. Todavia, força messiânica 2
não significa necessariamente enviado de Deus, apenas alguém cujas convicções íntimas instigam transformações de uma sociedade inteira, acima de tudo por razões morais para pôr cobro a um pântano existencial nascido do desrespeito pela plenitude da condição humana. André Ventura é essa força, a força fundadora da Quarta República.
De resto, até nos elogios um medíocre é medíocre, por isso não poupe nuns e noutros quando lhe parecer justo perante evidências irrefutáveis e persistentes. Pouco mais de um ano de André Ventura contra os quarenta e seis anos do regime chegam e sobram.
Sobretudo a partir das eleições presidenciais de 24 de janeiro, que 2021 marque decisivamente a continuação da Caminhada da Restauração do Amor-Próprio e da Esperança dos Portugueses e de Portugal!
Gabriel Mithá Ribeiro
Vice-Presidente do CHEGA!