O CHEGA apresentou, esta terça-feira, um Projeto de Resolução na Assembleia da República, no qual recomenda ao Governo que divulgue, não só a lista atualizada de edifícios escolares cujo processo de remoção ao amianto já foi concluído, como também a lista de escolas cujas obras de remoção de amianto ainda decorrem e em que moldes estão as mesmas a decorrer.
A divulgação de tais listas é de suma importância uma vez que, em maio passado, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, garantiu que o Programa de Remoção do Amianto nas Escolas estava “praticamente concluído”, tendo precisado que 58 escolas já haviam concluído este processo e que 115 ainda tinham obras neste sentido em curso.
Ora, a pouca informação pública disponível a este respeito mostra que, não só ainda não terminou o processo como, e contra todas as indicações do Parlamento Europeu, existem escolas onde as obras de remoção estão agora a ser realizadas durante o período de aulas, o que se traduz num perigo para a saúde de todos os que frequentam os edifícios escolares.
Esta preocupação já foi, aliás, tornada pública por movimentos associativos do setor, como o Movimento Escolas Sem Amianto e a Associação ZERO.
Em causa, não se pode jamais esquecer, está a saúde de professores, alunos e todos os funcionários escolares, pois o amianto é constituído por feixes de fibras tão finas que facilmente criam um pó de partículas muito pequenas e, consequentemente, muito facilmente são inaladas, provocando doenças graves como mesotelioma e cancro do pulmão.