O Presidente do CHEGA recomendou, esta semana, ao Governo que não considere válida a auditoria realizada pela Deloitte ao Novo Banco e que, através do Fundo de Resolução, determine a realização de uma nova auditoria com recurso a especialistas designados pelo Parlamento.
A razão para esta posição prende-se com o facto de ter vindo a público que a Deloitte ocultou do relatório resultante da auditoria levada a cabo, que a sua congénere – Deloitte Espanha – havia assessorado o Novo Banco aquando da venda da GNB Vida, num negócio prejudicial aos portugueses, em quase 70 milhões de euros.
Qualquer português compreende que esta situação mancha, não só a credibilidade da Deloitte enquanto empresa, mas também a conclusão da auditoria apresentada.
Face a estas revelações como podem o Governo e o Parlamento aceitar como fiável o resultado de uma auditoria feita por uma empresa que está comprometida com um conflito de interesses, que por si só o compromete?
Tendo em conta esta situação, André Ventura considera que é fulcral que se considere nula a auditoria ao Novo Banco realizada pela Deloitte e que, através do Fundo de Resolução, seja realizada uma nova auditoria ao Novo Banco.
O deputado do CHEGA recomenda ainda ao Governo que garanta que esta nova auditoria, a realizar por empresa competente para o efeito, seja supervisionada por especialistas independentes a definir pelo Parlamento, e que convoque os representantes do Fundo de Resolução e da Autoridade de Seguros e de Fundos de Pensões para que em sede parlamentar esclareçam a sua participação/conhecimento, ou não, do conflito de interesses que nesta matéria se verifica.