São perturbadoras e incompreensíveis as notícias vindas a público sobre o passado de avanças e contratações entre Fernando Medina, Ministro das Finanças, e Sérgio Figueiredo, consultor.
Soubemos hoje que, a par de uma nova contratação milionária, Sérgio Figueiredo teve também avenças com a Câmara Municipal de Lisboa, quando a autarquia era presidida pelo atual Ministro das Finanças, no valor de vários milhares de euros mensais. Num dos casos, através de uma empresa, Sérgio Figueiredo terá ganho da autarquia 30 mil euros em 20 dias. Isto é inconcebível!
Dado o avolumar das suspeitas de troca de favores – com envolvimento direto de dinheiros públicos – o CHEGA insta a Inspeção Geral de Finanças (IGF), no âmbito das suas competências legalmente definidas, a proceder a uma averiguação preliminar e, subsequentemente, a uma investigação profunda sobre os pagamentos feitos pela CML, durante a presidência de Medina, a Sérgio Figueiredo, bem como os contratos ou prestações de serviços e a respetiva duração e montantes envolvidos – existentes no âmbito desta relação.
Os resultados desta investigação deverão, caso sejam apurados indícios de prevaricação, tráfico de influências ou outro tipo de crimes, ser enviados para a Procuradoria-Geral da República para uma investigação criminal formal.
Não pode, jamais, em democracia, passar a ideia de que uma maioria absoluta significa impunidade absoluta.
Direção Nacional do CHEGA
Lisboa, 11 de Agosto de 2022