A faixa etária a partir dos 70 anos está, na minha ótica, aberta ao Partido CHEGA.
Sem subestimar ninguém, são essas pessoas que têm uma experiência e vivência que as leva a tirar conclusões desapaixonadas, que os mais jovens não têm.
Conheceram o antes e o depois do 25 de Abril e, grande parte, são vítimas destes 48 anos que nada acrescentaram à generalidade dos cidadãos, quer no que toca ao plano material, quer aos valores morais. Há a sensação que a sociedade está a entrar numa fase em que não se vislumbra nada de bom nem promissor.
Os que fogem a este grupo são os que, duma maneira ou de outra, se movimentaram pelos meandros dos partidos ou do compadrio, tendo em vista, somente, agendas pessoais.
É verdade que neste grupo etário, a que me orgulho de pertencer, há pessoas que se acomodaram, que se limitam a ouvir o que a Comunicação Social lhes vende e que, por isso, adotaram a postura “mal por mal deixa andar”. Esta forma de estar, nada tem a ver com mais ou menos formação académica. São situações completamente diferentes, a Cultura e o questionar o que se passa à nossa volta, e a Formação Académica.
Perante isto e, chegado o momento de votar, as pessoas ou não vão ou caem sempre para o mesmo lado na convicção de que é tudo a mesma coisa, valem todos o mesmo.
Foi essa a visão que a experiência de quase 50 anos, fez nascer.
Assim sendo, acredito que é um grupo que temos de acompanhar dando-lhes a certeza da nossa vontade de mudar de paradigma sem interesses pessoais, mas tendo em vista a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos em especial dos mais fragilizados.
Desconstruir a ideia que têm tentado fazer passar, de que somos um partido Racista, Xenófobo, Fascista, através do exemplo, não excluindo, mas integrando.
Aliás isso é evidente nas nossas ações de rua, em que as pessoas de todas os segmentos e etnias nos abordam com entusiasmo e respeito, salvo pequenas e raras exceções… que são tratadas mesmo como exceções.
É uma prioridade, estabelecer nos mais idosos, a confiança na segurança pessoal dos cidadãos que está pelas ruas da amargura, não por culpa das forças de segurança, mas, porque estão mal alocados e os que integram a polícia de proximidade não podem chegar a todo o lado.
Fazer reavivar o nosso empenho em REPOR OS VALORES, pelos quais uma sociedade evoluída se deve pautar, sobretudo no que toca à SOLIDARIEDADE e no INVESTIMENTO no tão falado “ENVELHECIMENTO ATIVO”, mas que não passa de palavras, porque na prática é precisamente o contrário: empurram se as pessoas para o ISOLAMENTO, um limitado contacto com o mundo e com a realidade.
Devemos ser nós, nos nossos contactos diários, que devemos ir dizendo às pessoas que o abstermo-nos não é solução para nada. Temos de participar e ter voz ativa no que se passa à nossa volta. E mais, temos essa RESPONSABILIDADE, se não for por nós, pelos nossos filhos e NETOS.
Que não tenham eles, pela nossa inação, continuar a travessia deste deserto sem que se vislumbre o Oásis.
Esse oásis, neste momento, só pode ser o CHEGA.
Texto.: Maria José Lopes, Militante.