A passada semana foi, para milhares de estudantes portugueses, a sua primeira semana de aulas no Ensino Superior.
Começar um semestre, voltar às rotinas após um período de férias, é sempre difícil. Mas, como o é para nós, também o foi para os nossos pais e para as gerações que nos antecederam. Faz parte.
Mas para tantos jovens e suas famílias, o grande problema não se encontra tanto no recomeço do ano letivo ou o nervosismo inerente aos primeiros dias de aulas. Para muitos deles, o semestre começou logo reprovado quando, olhando para os locais onde ficaram colocados, perceberam que arranjar casa, pagar despesas e propinas, não ia ser tarefa fácil.
Os dados que ficámos a conhecer esta semana são chocantes. Demonstram-nos como o panorama habitacional para um jovem português, que esteja deslocado da sua residência, é hoje muito pior do que era há uns anos.
A oferta reduziu cerca de 80%: isto é, em cada 10 quartos que no ano passado existiam para arrendar, hoje só existem 2. Não é preciso ser economista para perceber o básico; reduzindo drasticamente a oferta e mantendo-se elevada a procura, naturalmente que preços aumentaram exponencialmente. Este ano, particularmente, o preço médio de um quarto para arrendamento para jovens estudantes, fixa-se nos 294€. Mas todos nós sabemos como as estatísticas valem o que valem e há hoje muitos casos que nos são conhecidos, de jovens a pagar valores na casa dos 400 e 500 euros, por uns míseros metros quadrados.
Tudo isto, aliado ao estado lastimável em que se encontra a economia do país, onde o custo de vida subiu abruptamente, e onde tudo, de há uns meses a esta parte, ficou mais caro, tornam dramática a situação para muitas famílias, que se vêm obrigadas a fazer opções. Ou comida na mesa, ou os estudos dos seus filhos. E tantos são os jovens que no primeiro semestre se vêm obrigados a ir trabalhar, por não puderem custear as despesas inerentes a uma licenciatura.
O pano de fundo onde se desenrola este triste filme é o da MAIORIA ABSOLUTA SOCIALISTA, apenas obtida há uns meses. Em vez de resolverem os problemas dos portugueses com os quais, supostamente, se tinham comprometido, em vez de cumprirem as metas estipuladas e o que os próprios aprovaram no Orçamento de Estado para este ano, só afundam ainda mais as famílias e os jovens portugueses.
É certo que, por enquanto, o Partido CHEGA, ainda não é governo. Por isso, a missão que tem de cumprir ao longo da actual legislatura é a de ir escrutinando escrupulosamente o que é que o governo faz. Foi para isso que o povo mandatou o seu Grupo Parlamentar. Foi para isso também, que tantas famílias e tantos jovens, que têm de optar entre uma licenciatura e um trabalho precário, nos mandataram para fazer. Dizer o que tem de ser dito, chamar a atenção quem tem de ser chamado, propor novos caminhos e ir abrindo os olhos às pessoas para o estado em que o socialismo tem deixado o país.
Da nossa parte, da parte da JUVENTUDE CHEGA podem ter uma certeza: cá estaremos para luta. Por Portugal, para melhorar a vida dos portugueses. Para que possamos ser um país para os jovens: não na teoria, nos discursos bonitos ou nos relatórios encomendados, mas na prática, no quotidiano, no país real. É por isto que devemos estar na política, não por mais nada.
Texto.: Rui Cardoso
Direção Nacional da JCH