Escrevo este texto, ainda estamos em silly season.
O título deste texto de setembro de 2023 é elucidativo do que já se apercebe, nesta azáfama pré-eleitoralista de preparação de Orçamento de Estado para 2024 e porque não faltarão os órgãos de comunicação social na caixa-de-ressonância do PS na campanha política com vista às Eleições Europeias em 9 de junho de 2024.
Seguem-se, as Eleições Autárquicas em 2025, as Eleições Legislativas em 2026.
Claro que não podemos esquecer as Eleições Regionais na Madeira (nas quais se obteve um resultado histórico – PSD/CDS a perder a maioria e o CHEGA a eleger 4 deputados), bem como as Eleições Regionais nos Açores, em 2024.
No entanto, o PS estando grandemente desgastado (será?) por casos de corrupção, de meses de inflação, de preços nos combustíveis a subir (voltando aos 1,90-2,00 euros litro), da má gestão dos dinheiros públicos, dos serviços do Estado irremediavelmente bloqueados por um conjunto de má gestão e planeamento conhecidos, ainda consegue nas sondagens cerca de 30% de apoiantes. Como é possível? Seguramente porque a máquina da propaganda do PS a funcionar num suposto ministério da propaganda, omisso no organigrama do ‘aparelho’ da governação, está a contribuir para essa elevada percentagem de intenção de votos, porque já está a funcionar. Eis alguns exemplos: “Portugal entre os 15 países da UE que reduziram as emissões poluentes e subiram o PIB no primeiro trimestre.” ; “Inflação em Portugal desacelera para 3,1% em julho. É o nono mês consecutivo de descida”. Outros exemplos poderão ser utilizados, número recorde de estudantes entrarão nas Universidades e nos Politécnicos; o número recorde de turistas em Portugal; o número de festivais de música e de diferentes artes performativas por todo este ano civil, etc etc. Ou seja, temas favoráveis ao PS-Estado que depois são amplificados pela comunicação social e assimilados acriticamente pelos eleitores portugueses que padecem de elevada iliteracia financeira, política ou outra de interesse para a Pólis, excetuando, claro, para o futebol. No entanto a realidade é diferente porque, a dívida pública total (valor absoluto) está nos 280,1 mil milhões de euros; “Taxas e multas cobradas somam recorde de dois mil milhões até Junho 2023”; o “Endividamento do setor não financeiro – famílias, empresas e Estado – aumentou 1,6 mil milhões de euros em maio, atingindo um novo recorde nos 804,4 mil milhões” ; “Portugueses entre os europeus mais desprotegidos no acesso a cuidados de saúde” ; “Benefício do IVA zero é 20% maior para os mais ricos do que para os mais pobres”; “Portugal teve a segunda maior queda da taxa de poupança da UE no terceiro trimestre” ; “Dos milhões do jogo aos prejuízos na saúde e negócios internacionais. O que está a abalar as finanças da Santa Casa”. … são necessários mais exemplos?
Volto a insistir que o Partido CHEGA deva ser proponente credível de propostas a debate na Assembleia da República, livres de popularismos fáceis.
Deve apresentar propostas de lei, elegivelmente bem-feitas e bem enquadradas com a realidade, livre de populismos e demagogia, numa Proposta de Governação credível, não alavancando o PS mais toda a esquerda radical e maldisposta.
António Costa é o pior Primeiro-Ministro após o 25 de abril, porque é arrogante, mal-educado, não tem ideias e está blindado/protegido pelos seus centuriões.
Bom regresso para 6 meses de trabalho para pagar os impostos que o PS-Estado nos retira!
Rui Pedro Matos
Professor de Economia