A Universidade de Coimbra é inegavelmente, uma das mais prestigiadas universidades em todo mundo, sendo considerada a 5ª Universidade mais antiga, depois de Cambrigde, Pádua, Nápoles e Siena.
A visão futurista do nosso Rei D. Dinis, fez com que em 1290, tivesse a ousadia de considerar que, era no conhecimento que estava a razão do ser humano. Segundo os escritos da época, o lema reinante era “Scientiae thesaurus mirabilis” ou seja, “o admirável tesouro do conhecimento”.
Alicerçado nestas marcas históricas, e na visão que reinava no Séc. XIII, Coimbra passou a ter uma importância sui generis, como terra de saber e conhecimento. Incontestavelmente, é e sempre será a Cidade dos Doutores, onde Instituições Escolares, Escolas Catedrais e Monacais proliferaram até aos dias atuais.
Apenas precisamos de olhar e contemplar, o traçar da capa dos mais de 25.000 alunos Universitários, que fazem da cidade do saber, a cidade da SAUDADE. Atualmente é uma das Universidades mais cosmopolitas do país.
No entanto, por vezes, no melhor pano cai a nódoa, e como “Nem só de Pão vive o Homem, mas de toda a Palavra que vem da boca de Deus”, há que tentar perceber onde atualmente se gastam milhares de euros de subsídios estatais e até que ponto são bem empregues.
A este Centro de Investigação, foi atribuído em 2002, o título de Laboratório Associado pelo Ministério da Ciência, como reconhecimento do seu historial e excelente desempenho, principalmente com os seus estudos em políticas públicas e disseminação e partilha de conhecimento.
Tornou-se ao longo com anos, um espaço de LABORATÓRIO BLOQUISTA, ensaiador da TEORIA DA CEGUEIRA IDEOLÓGICA, onde matérias sensíveis aos olhos do português comum e tradicional, são tratadas de forma leviana e a rondar por vezes o insano.
Pasmem-se os Arautos das Verdades e dos Bons Costumes, que esta semana, veio a terreiro, a criação do Observatório das Masculinidades, “fecundado” e gerado pelo CES, e que tem como principal objetivo, choquem-se meus conterrâneos, “promover e valorizar masculinidades saudáveis”.
De acordo com a investigadora responsável “Não há um mapa para a construção de masculinidades saudáveis e cuidadoras. Como não há um mapa, estes jovens regulam-se por mapas antigos e o que resulta disso é uma frustração por não conseguir alcançar tudo aquilo que os mapas antigos ditavam – ser provedor, ter uma esposa, ser bem-sucedido”.
Mas o mais estonteante, é que a investigadora reitera que é preciso criar “masculinidades saudáveis”, e que num futuro se promova “um homem equitativo, que acredita na igualdade, respeitador e empático, que se auto cuida, que cresce habituado a expressar os seus sentimentos”.
Mas desde quando é preciso criar mais uma mão cheia de nada, ou seja, este Observatório das Masculinidades, para induzir no sexo masculino a sensibilidade e a sensatez?
Para onde ides minha COIMBRA e meu PORTUGAL, não é preciso ser anarquizado, por estas teorias malévolas de destruição da sociedade.
Realmente, tempos fáceis apenas e só criam homens e mulheres fracas… este CES é um bom exemplo disso, onde as capacidades e talentos poderiam ser bem empregues e justificarem os milhões que ali são “mal” investidos.
Paulo Seco
(Presidente da Distrital de Coimbra)