O deputado único do CHEGA apresentou, esta semana, um Projecto de Resolução no qual pede ao Governo que, em articulação com as autarquias locais, elabore um plano específico para o transporte dos alunos para as escolas.
Uma vez que o número de infectados pelo novo coronavírus continua a aumentar e que as aulas estão prestes a começar, o presidente do CHEGA considera que é de suma importância que o Governo assegure o transporte dos alunos para a escolas, especialmente em zonas de maior incidência do vírus.
É impossível, pelas mais variadas razões, que todos os alunos se desloquem para a escola em transporte individual. Aliás, larga maioria fá-lo em transportes colectivos e assim continuará a fazer.
Assim, André Ventura considera que, face à real ameaça da existência de uma segunda vaga da pandemia em Portugal, é urgente garantir que os meios de transporte colectivos estejam aptos a actuar neste cenário, uma matéria que deverá ser discutida e preparada pelo Governo em articulação clara e total com todas as autarquias.
Os responsáveis de ambas as partes deverão delinear um plano de acção que permita o transporte escolar em segurança e em cumprimento das regras da Direcção-Geral da Saúde, em especial no que diz respeito ao distanciamento social, criando linhas de transporte específicas para membros da comunidade escolar ou, noutros casos, aumentando a oferta das linhas existentes, criando condições menos favoráveis para a progressão da pandemia no universo escolar.
Este plano revela-se de manifesta importância uma vez que é certo que o número de utentes dos transportes públicos vai aumentar significativamente a partir do momento em que as crianças e jovens regressarem às aulas e, por isso, a oferta deve ser adaptada, o mais possível, às necessidades de mobilidade dos alunos e restantes funcionários escolares.
O CHEGA considera, então, que é essencial que o Governo elabore e defina um plano estruturado, em articulação com todos os municípios do país, garantindo assim o normal transporte da comunidade escolar, pese embora as especiais contingências inerentes ao cenário pandémico; garanta que a estratégia utilizada tenha em conta as necessidades específicas da comunidade escolar, especialmente no que concerne a horários; assegure que não sejam afastadas soluções que englobem o sector público e privado apenas por meras divergências de diferenças político-ideológicas.