Goering, membro de alto destaque do Nacional Socialismo alemão, foi julgado em Nuremberga por crimes de guerra e crimes contra a humanidade. O proeminente nazi deu informação de extrema relevância, que ficou documentada:
A conversa entre psicólogo e o dirigente nazi ocorreu no dia 18 de abril de 1946, tendo Göring defendido que, para levar o povo a apoiar uma guerra, bastaria que os líderes dissessem aos cidadãos “que estavam a ser atacados e denunciar os pacifistas por falta de patriotismo e por exporem o país ao perigo“. De resto, garantiu que este método “funciona de igual forma em qualquer país”.1
Difundir o medo do falso inimigo e denunciar o que se recusa a ter medo, usando a arma da mentira: eis a tática infalível que Goering diz ser aplicável a qualquer país, e acrescento, em qualquer época da história.
Orwell, no seu livro “1984”, descreve um mundo assustadoramente semelhante ao referido na “receita” de Goering. Existe a presença de uma guerra, de um falso inimigo contra qual todos são mobilizados. Não é permitido um pensamento crítico, apenas humanos robotizados pelo medo, escravos no pensamento, na palavra e na acção.
No início de 2020, começaram a chegar-nos vídeos e audios da China, sobre um vírus terrivelmente mortífero, ao ponto das pessoas caírem literalmente para o lado na rua e em lugares públicos. Todos ao meu redor estavam apavorados.
Surgiram os primeiros casos e mortes em Portugal. Ninguém ousou questionar o confinamento no primeiro Estado de Emergência. Perante o desconhecido, toda a precaução é aceite. Porém, sucediam-se informações contraditórias vindas da DGS. Ainda assim todos obedecemos, pois eram vidas humanas que estavam em causa.
Entretanto a informação aumentou a nível mundial. Sabemos hoje quais são os grupos de risco. Sabemos que não tem a gravidade do Ébola, mas que há perigo para alguns grupos. A consulta diária dos relatórios da DGS2 mostra que praticamente não há mortes abaixo dos cinquenta anos. Também já percebemos que a vacinação não imuniza, e em termos de efeitos secundários varia consoante o tipo de vacina e as especificidades do inoculado. Mesmo que a vacinação fosse em cem porcento da população, não deixariam de existir infectados e mortes.
Não desvalorizo a morte, pois bastaria haver uma só morte para ser relevante. A questão é analisar tudo objectivamente, no contexto da saúde geral, para minimizar o sofrimento e consequências para todos, com verdade, transparência e ciência.
Dou um exemplo, em 2015, a “DGS nota que é habitual morrerem 12 mil a 13 mil pessoas no Inverno”3. Os idosos são sensíveis aos problemas respiratórios e faleceram infelizmente milhares todos os anos, com covid-19 ou sem este. Doravante, sempre existirão mortes por covid-19 e muitas mais por muitas outras enfermidades.
Todas as vidas importam, em qualquer idade, mas também importam as outras patologias. Quem é responsável pelos números não divulgados das mortes provocadas pelas medidas anti covid, a nível mundial e nacional4? Os portugueses não teriam direito de saber toda a verdade? Eu quero saber, os números diários das outras patologias!
O excesso de mortalidade causado pela pandemia é duas a três vezes maior do que as mortes atribuídas à Covid-19 desde o surgimento dos primeiros casos no final de 2019 na China, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).5
Dos mais de dezassete mil mortos, COM covid-19, quero saber as mortes POR covid-19, ou seja, se haviam comorbidades e de que morreram realmente. Assim, poderíamos proteger melhor quem precisa ser protegido.
Desde o primeiro dia que nos fecharam em casa, quem mais sofreu foram as crianças. Privadas de brincar, de afectos e de poderem ser o que são: crianças. Hoje sabemos que o vírus afecta crianças de forma muito ligeira ou assintomática, apenas com risco para as que têm comorbidades.
Francisco Abecassis, Intensivista Pediátrico e membro da Direcção do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos, falou à RTP6. Ele faz parte dos especialistas que têm dado o seu parecer face à questão da vacinação de crianças. São estes médicos que defendem o interesse das crianças: “as crianças transmitem menos o vírus porque desenvolvem menos sintomas”; “criaram uma vacina para combater doença grave e morte; para crianças não há doença grave, nem morte”; “para as crianças, a vacina dá mais sintomas que a doença”; “o Artigo 3º dos Direitos da Criança7, diz que deve ser sempre ser considerado o interesse superior da criança”.
Como disse este Pediatra, os peritos têm uma opinião, mas (infelizmente) quem decide são os políticos. O Presidente Marcelo, depois da visita à Feira Internacional de Agricultura em Santarém, já comprometido com os seus quinze Estados de Emergência inconstitucionais, disse a frase: “o país não é governado por especialistas, o país é governado por quem foi eleito para governar”.
Em Portugal, os peritos concluíram que só jovens com doenças de risco devem ser vacinados, “a posição foi unânime entre profissionais de saúde que trabalham na área
pediátrica”8. Sabem o que fez o Governo, na pessoa da (des)Graça Freitas? Remodelou a comissão! Agora o Costa anunciou que “está tudo preparado para vacinar contra a Covid-19 um total de 570 mil crianças e jovens dos 12 aos 17 anos, nos fins de semana entre 14 de agosto e 19 de setembro”9.
Mas ainda esta segunda-feira um grupo de médicos emitiu um comunicado, no qual se opõe à vacinação de crianças e jovens saudáveis. “Dado que as crianças e adolescentes têm um risco mínimo de complicações caso contraiam a doença de Covid-19, não devem ser expostos a estes ou a outros efeitos adversos graves de vacinas, ou de algum medicamento, ainda em fase experimental”, lê-se na nota assinada por Jacinto Gonçalves, vice-presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, António Pedro Machado, especialista em Medicina Interna, Teresa Gomes Mota, cardiologista, e Francisco Abecasis, pediatra e intensivista.
O grupo argumenta que “as crianças e jovens já fizeram tudo o que podiam para ajudar no controlo de uma pandemia que não os afeta diretamente, com prejuízos imensos da sua saúde mental, educação e bem-estar”. “A vacinação seria mais um sacrifício, perigoso e sem benefício, que não deve ser imposto socialmente por medidas de limitação de liberdades constitucionalmente garantidas aos cidadãos em Portugal”, remata.10
A decisão custo-benefício é muito diferente para crianças e jovens. Sucedem-se informações de efeitos secundários de vacinas em adolescentes, entre eles alguns graves, como miocardites11. As crianças correm mais riscos com a vacina do que com o vírus. Não é do interesse das crianças. Ainda não foram suficientemente sacrificadas?
A maioria dos pediatras não recomenda a vacinação, a decisão é política! Os políticos agem baseado em interesses, especialmente sobre o que dá mais votos. As crianças não votam. Elas têm sido psicológica e fisicamente agredidas desde o início da Pandemia, sendo fechadas em casa, privadas de afecto, privadas de contacto social, obrigadas a usar máscara, com consequências na sua saúde12. Apesar de todos saberem que elas não são afectadas pelo vírus, recuperando facilmente, os políticos estão dispostos a sacrificá-las para agradar a uma geração de adultos apavorados pela comunicação social, a mando de políticos sem escrúpulos.
O Certificado Sanitário cria um Apartheid entre um Portugal puro e outro impuro. Queremos um só Portugal, em que todos os especialistas sejam ouvidos para prevenção e tratamento, para encontrarmos soluções todos juntos, sem esquemas e “trafulhice” política.
Infringiram o Artº 19 da CRP e fizeram-no com a conivência do Presidente da República que deveria ser o Guardião da Constituição e das nossas Instituições Democráticas. Existe o Estado de Emergência para um período de quinze dias, que foi decretado quinze vezes
sucessivas, de forma abusiva e inconstitucional. Restringiu-se a circulação, o acesso a lugares públicos, perdemos as liberdades mais básicas. A nossa Constituição salvaguarda-nos:
Artigo 13.º, Princípio da igualdade
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.
Artigo 25.º, Direito à integridade pessoal
1. A integridade moral e física das pessoas é inviolável.
2. Ninguém pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos.
Embora a Constituição não permita a vacina obrigatória, na prática é obrigatória, No Plano Socialista de Desconfinamento13, apenas consideraram os vacinados. Qualquer certificado, que retire aos portugueses o acesso a lugares públicos, é inconstitucional, imoral, um crime nazi. A vacinação está a ser imposta coercivamente. Onde está o Consentimento Informado? Obrigarem alguém a ser injectado com uma substância invasiva no seu corpo é algo monstruoso. Cada um deve ser livre de decidir, ter informação sobre cada vacina e poder escolher entre todas as que existem, qual a que sente mais confiança.
Grande parte de quem aceitou ser vacinado, foi por medo de não poder, medo de perder o emprego, medo de não poder comprar bens essenciais, medo de ser socialmente discriminado. Até com medo que lhes pudessem retirar o acesso ao SNS, confidenciaram-me diversas pessoas. Esta é a ditadura do Medo, da Coação, da desinformação.
Perseguiram André Ventura, com fotografias feitas de frames de vídeos, para parecer que fazia a saudação romana e assim o rotularem de nazi. Mas quem são os que fazem um Apartheid entre puros e impuros, entre portugueses de primeira e portugueses de segunda? Quem usa as técnicas que Goering descreveu, usando medo, manipulação e mentira, para levar um povo inteiro a fazer um guerra política e a considerar os seus irmãos que não têm medo como inimigos? Quem são os verdadeiros nazis?
LUCINDA RIBEIRO
Conselheira nacional do Partido CHEGA, Fundadora Nº6
1 “The Nuremberg Journal” (“O Diário de Nuremberga”) de Gustave Gilbert, publicado em 1947
2 https://covid19.min-saude.pt/relatorio-de-situacao/
3 https://www.publico.pt/2015/01/27/sociedade/noticia/no-inverno-de-ha-dois-anos-excesso-de-mortalidade-nao-atingiu-so-idosos-1683474
4 https://www.economist.com/briefing/2021/05/15/there-have-been-7m-13m-excess-deaths-worldwide-during-the-pandemic/
5 https://eco.sapo.pt/2021/05/21/excesso-de-mortalidade-causado-pela-pandemia-e-2-a-3-vezes-superior-as-mortes-atribuidas-a-covid/
6 Programa “Página 2”, 18 Jul. 2021 | temporada 2021, https://www.rtp.pt/play/p8239/e558561/pagina-2
7 https://www.unicef.pt/media/2766/unicef_convenc-a-o_dos_direitos_da_crianca.pdf
8 https://www.publico.pt/2021/07/24/sociedade/noticia/covid19-grupo-trabalho-conclui-so-jovens-doencas-risco-vacinados-1971636?ref=hp&cx=latest_news_a_v2–496639
9 https://eco.sapo.pt/2021/07/21/costa-quer-570-mil-criancas-acima-dos-12-anos-vacinadas-ate-19-de-setembro/
10 https://observador.pt/especiais/comissao-tecnica-aconselha-dgs-a-que-so-sejam-vacinados-jovens-dos-12-aos-16-com-comorbilidades/
11 https://noticiasviriato.pt/hospital-pediatrico-canadiano-reporta-casos-de-miocardite-em-adolescentes-vacinados/
12 https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/virus-sincicial-respiratorio-saiba-porque-estamos-a-assistir-a-um-aumento-das-infecoes-respiratorias-nos-miudos-este-verao
13 https://sicnoticias.pt/especiais/coronavirus/2021-07-29-As-tres-novas-fases-do-desconfinamento-em-Portugal-4545a540