O Itinerário Principal 3, mais conhecido por IP3, projetado para ligar a A1 a Viseu, foi pensado para beneficiar alguns concelhos, até então mal servidos de acessos, tendo o seu primeiro troço inaugurado pelo Eng. Joaquim Ferreira do Amaral em 1991, entre Trouxemil e a localidade da Raiva.
O IP3, fruto de diversas circunstâncias, já causou perto de centena e meia de vítimas mortais, para além de centenas de incapacidades permanentes (parciais ou totais).
Desde há bastante tempo, que as populações que se situam em zonas contíguas ao mesmo traçado (sinuoso pela complicada orografia do terreno), solicitam a duplicação de vias em todo o seu traçado e a colocação de separadores centrais. Os separadores em parte do traçado já foram colocados, mas a duplicação de vias tarda em ser efetuada.
O Primeiro-Ministro António Costa em 2018, prometeu ser esta a GRANDE OBRA DO MANDATO, com duplicação de 85% da extensão total do IP3, num investimento de 130 Milhões de euros, no entanto, até à data apenas se investiram cerca de 11 Milhões de euros.
Não havendo qualquer relação entre a Pandemia Covid-19 e os atrasos constantes, verificámos que nas Legislativas de 2022, a região e os concelhos abrangidos reforçaram o apoio ao poder Socialista.
Desde a sua inauguração, que todos os dias as pessoas com quem convivemos, reportam excessos de muitos automobilistas, que vão desde os limites de velocidade às distâncias de segurança inexistentes e aos sinais ameaçadores de luzes.
Será que nos devemos ficar apenas pelos PROTESTOS, pela não realização das PROMESSAS ELEITORAIS do Primeiro-Ministro António Costa?
A resposta é NÃO: É impossível ficar a ver mais mortes quando “pequenas-grandes” medidas poderiam ser tomadas.
É IMPERIOSO solicitar a colocação imediata de PÓRTICOS INFORMATIVOS aos condutores, a solicitar o cumprimento e respeito das normas de segurança relativas a distâncias e velocidades, principalmente entre a Espinheira e a Raiva.
Estes ficariam definitivos mesmo com a duplicação de vias.
E definitiva poderia ser ainda a “pedagogia dos radares e câmaras de vigilância”, visto que, trinta anos de tragédia não têm sido elucidativos, tal o desnorte com que muitos ali conduzem.
Texto.: Carlos Mendes Oliveira