Em 4 de Dezembro de 1980, com a brutal morte de Francisco Sá Carneiro, terminou a minha intervenção na vida política, iniciada no final de abril de 1974 com a participação no processo de legalização do PPD.
Quarenta anos mais tarde, durante os quais fui empregado e patrão, militar e emigrante, e, finalmente reformado, fui em 2020 “recuperado” por aquele que considero o único Homem com capacidade para tirar Portugal do caos instalado em quase 50 anos de socialismo: ANDRÉ VENTURA.
O tempo disponível, a revolta por ver o meu País a caminhar para o abismo, e o acreditar que os meus netos poderão ter uma vida melhor levaram a que me filiasse no CHEGA, e a este Partido entregasse a minha esperança de um Portugal melhor.
Comecei pelo Gabinete de Estudos, fui Coordenador (em equipa com o Dr. António Tânger) da Comissão Autárquica do Centro e, repentinamente, vi-me eleito para Presidente da Mesa Nacional.
A indiscutibilidade da minha lealdade a André Ventura e ao Chega e a minha capacidade de trabalho (modéstia à parte!!!), levaram ao honroso convite para ser cabeça de lista por Aveiro, às Eleições Legislativas de 2021.
As dificuldades da campanha que enfrentei eram, diariamente, compensadas com a forma calorosa e entusiasmada como era recebido pela população de todo o Distrito… finalmente, 30 de janeiro! A data decisiva! Numa sala de hotel em Aveiro, em companhia da equipa que me acompanhou durante a campanha, os resultados iam chegando a “conta-gotas”. Nervos, esperança, expectativas, até quase ao minuto final. ALGUÉM gritou: JÁ ESTÁ! O JORGE FOI ELEITO! TEMOS DEPUTADO!
Dois meses de espera pela tomada de posse, e o início de uma vida muito mais dura do que a maioria das pessoas possa imaginar. Dias de quase 24 horas, receio de falhar, estudo intensivo de matérias para mim quase desconhecidas, mas, fundamental, a ajuda de todo o Grupo Parlamentar dirigido pelo líder incontestado André Ventura, e pelos seus “braços direitos” Pedro Pinto e Rui Paulo Sousa.
Não posso deixar de referir o fantástico grupo de assessores, sem os quais seria impossível apresentar o trabalho até agora produzido. A vantagem de morar a 50 metros do Parlamento tornou os meus dias mais compridos. Doze horas de trabalho por dia, sempre entusiasmantes, sempre com novos ensinamentos e novos desafios.
Plenário, duas Comissões (10ª Comissão: Trabalho, Segurança Social e Inclusão. 12ª Comissão: Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto), dois dias por mês de visita e contacto com os eleitores do Distrito de Aveiro, reuniões com representantes das áreas referentes às diferentes pastas das Comissões, têm sido o meu dia a dia destes últimos quatro meses.
Não vou aqui enumerar os projetos-lei, projetos de resolução, perguntas ao Governo, mas posso garantir-vos que participei em bastantes. Da criação da Pensão Mínima Nacional, à Reforma Antecipada por periculosidade da profissão de motoristas de veículos pesados, da Gratuitidade das Creches aos diversos Votos de Pesar e de Louvor, muito foi feito. E muito mais será feito, o próximo dia seis está à porta.
As férias já cansam…
Texto.: Jorge Valsassina Galveias
Presidente da Mesa do Conselho Nacional
Deputado na Assembleia da República pelo Partido CHEGA