O confronto com a decadência do socialismo real, aquele que sentimos verdadeiramente na carteira, deveria ser o bastante para qualquer um de nós dizer que já chega, e que necessitamos de uma alternativa.
Ainda recordo, as primeiras palavras que ouvi de André Ventura, quando em finais de 2019 confrontava assertivamente António Costa com os reais problemas do país: a corrupção endémica e o sufoco fiscal de empresas e famílias. Problemas esses que, infelizmente, oiço desde que me conheço, mas que nenhum governo quis resolver.
O controle total dos meios de comunicação, colocam os portugueses num estado de hipnopatia do “Estamos em crise! Estamos em crise!”, que sem reagir, aceitam tudo o que lhes é imposto, e assim vão perdendo cada vez mais autonomia financeira, e por sinal, ganhando maior dependência do estado. O resultado está à vista, quase 2 milhões de pobres em Portugal, e nem assim nos livrámos de uma maioria absoluta.
Aqueles que nos empobreceram e colocaram Portugal no abismo económico e social acusam-nos de discursos gastos e de populismo, mas são eles os responsáveis pelas inquietudes que se vivem e que são transversais a todas as gerações e a todas as classes. A verdade incomoda, mas tem de ser dita, as vezes que forem necessárias.
Foi ouvir André Ventura em 2019, num discurso verdadeiramente inspirador, que me fez filiar pela primeira vez num partido político, sem que ninguém tivesse de fazer as “honras da casa”, procurei saber mais sobre o CHEGA, e nesse mesmo dia, por convicção inscrevi-me como militante. Tem sido um privilégio poder assistir de perto ao seu crescimento e acompanhar a sua consolidação.
Os últimos 3 anos, foram um verdadeiro time-lapse de acontecimentos, entre manifestações, congressos e campanhas, todas elas desafiantes, fomos ganhando a oportunidade de crescimento, do reforço das ideias e um conhecimento cada vez maior da forma como se desenham, discutem e implementam políticas públicas.
Após as presidenciais, surgiu o primeiro desafio, difícil! Ser candidata às autárquicas, pelo concelho do Barreiro, distrito de Setúbal. Sabíamos de antemão que não iríamos eleger vereador neste concelho, mas nem assim nos fez desistir de construir uma candidatura com um programa bem fundamentado e exequível. Não foi fácil fazer campanha de rua no Barreiro, mas no final sentir o respeito dos nossos adversários e ver que muitas das nossas ações programáticas estão hoje em discussão, só nos pode deixar orgulhosos.
E ainda no rescaldo das autárquicas, novo desafio, legislativas. Desta vez, seria candidata pelo distrito do Porto. Entusiasmada, como sempre, e com uma ponta de fé que seria possível o distrito do Porto eleger 2 ou 3, segui sem questionar para a cidade invicta, para fazer campanha ao lado de Rui Afonso e Diogo Pacheco de Amorim e de tantos outros que tão bem me receberam. Não fui eleita, não era o momento. Porém, é para mim uma honra desempenhar funções de assessoria ao grupo parlamentar. Tenho a referir que para uma arquiteta habituada a atividades criativas multidisciplinares de diversas escalas desde a conceção à execução, confesso, que o trabalho parlamentar ultrapassa tudo. Os temas são infinitos, todos os dias se aprende, debatem-se ideias e produzem-se propostas, fica apenas a faltar a sua materialização, já que o cerco sanitário à volta do CHEGA é tal, que são repetidamente chumbadas, e por enquanto imaterializáveis.
Para quem nunca tinha tido contacto com a política de forma ativa, considero que o percurso não tem sido simples, nem descomplicado, muito pelo contrário, mas “é política”, dizem. Nos momentos mais difíceis, o foco é sempre o mesmo, o insubstituível. Entrei neste desafio pelo seu líder, permanecerei por ele. Normalmente perante as dificuldades respondo com…trabalho.
Marta Trindade
Vice-Presidente Partido CHEGA
Coordenadora Autárquica Nacional
Assessora Política do GP CHEGA