Quando entrei na Assembleia da República para a minha tomada de posse como Deputado da Nação, RECORDEI a minha história no CHEGA.
Tive de remontar a 2019.
Lembro-me que não existia nada. Nem Direções Distritais, nem Núcleos Concelhios e o Partido encontrava-se ainda numa fase muito primária do seu crescimento.
Fiz parte de todas Comissões Políticas Distritais do Porto. Estive na génese da implementação dos Núcleos Concelhios do Distrito do Porto e foi assim que fui crescendo com este Partido, o MEU Partido.
Lembro-me dos inúmeros jantares que organizámos na Distrital do Porto, das diversas iniciativas que realizámos para captação de novos militantes, da campanha para eleições autárquicas, da campanha para eleições legislativas, das diversas eleições internas, dos Conselhos Nacionais e das Reuniões Magnas do Partido.
Lembro-me das inúmeras manifestações que o Partido realizou, particularmente da megamanifestação em Lisboa contra a tentativa da sua “ilegalização”.
Foram 3 longos anos.
Difíceis, tumultuosos, com derrotas e vitórias, episódios de euforia e de deceção, momentos de alegria e tristeza, de ilusão e desilusão.
Lembro-me da loucura das Redes Sociais, dos insultos facebookianos, dos perfis falsos, mas também me lembro de jantar após jantar, reunião após reunião, Congresso após Congresso observar com satisfação a força e o peso que o Partido continuava a ganhar. A avalanche de novos militantes e o crescimento nas sondagens, eram sinais claros que o nosso Deputado Único, DR. André Ventura estava a fazer mossa “à séria” no panorama político nacional. A verdade é que a sua visão disruptiva, mas também clarividente da atual Sociedade Portuguesa, o seu discurso inflamado e assertivo, começavam a ganhar cada vez mais adeptos e seguidores.
Em três anos, André Ventura conseguiu criar um Partido e torná-lo na terceira força política.
Foi esse legado que ele deixou para o novo Grupo Parlamentar. Essa linha de sucesso impunha-nos uma fasquia elevadíssima, em que não poderíamos defraudar o Presidente do Partido, os militantes ou o eleitorado.
Tudo isso me veio à cabeça no passado dia 29 de março. Essa imensa responsabilidade de não desiludir.
Lembro-me da primeira reunião do Grupo Parlamentar realizada na sala “Acácio Lino”, do primeiro Plenário, da primeira vez que entrei no meu Gabinete, da primeira vez que almocei no Restaurante do Deputados.
Lembro-me do peso da responsabilidade cair sobre os meus ombros, quando me disseram que iria ser Coordenador do Grupo Parlamentar e Vice-Presidente da Comissão de Orçamento e Finanças.
Hoje, vejo-me imbuído num espírito de missão perfeitamente lúcido e transparente:
SERMOS GOVERNO EM PORTUGAL
Esse é o nosso único caminho. Esse é o nosso único foco. Esse é o nosso único objetivo
O CHEGA está a ganhar maturidade política e como tudo na vida, está em constante mutação. Vejo por isso como fazendo parte do seu processo de crescimento natural, a entrada e saída de pessoas, a refundação e reorganização das estruturas internas, assim como o contínuo aperfeiçoamento dos seus estatutos e regulamentos, porque se um dia o Partido parar, significa que terá chegado ao limite do seu crescimento.
Como em tudo na vida, nunca poderemos agradar a todos ao mesmo tempo, mas é fundamental continuarmos a alimentar a “sede” de mudança. Se queremos lutar para melhorar o nosso País, temos de começar por lutar para melhorar o nosso Partido. É essa a leitura que faço da visão do nosso Presidente, André Ventura e que corroboro incondicionalmente.
Vejo no CHEGA, um Partido feito por pessoas comuns e para pessoas comuns.
Nunca quis fazer parte de um Partido de estrelas, pseudo-intelectuais, ou outros quaisquer e certamente que o CHEGA não o é.
Acredito que a única estrela é o próprio CHEGA e que todos devemos crescer com ele e não à custa dele.
Acredito que devemos defender, intransigentemente, as nossas bandeiras e os nossos princípios.
Acredito que é importante adaptarmo-nos ao crescimento do Partido, mas nunca nos esquecermos de tudo o que nos trouxe até aqui. A nossa luta pela liberdade de um povo, “amordaçado” por uma ditadura Socialista e o direito inalienável de não sermos condenados por querermos uma vida melhor para nós e para os nossos filhos.
Um PS com maioria absoluta, revela uma Sociedade que perdeu discernimento.
Vivemos numa bolha que nos é incutida por um conjunto de ideias do Partido Socialista, numa bolha que em grande parte nos é transmitida pela comunicação social, que faz passar uma realidade que não é a que estamos a viver.
Vivemos numa Economia suspensa, num país onde mais de 2 milhões de pessoas vivem abaixo do limiar de pobreza e mais de 1,5 milhão de pessoas não tem médico de família. Vivemos num país com uma das maiores dívidas públicas da Europa, em que Famílias e Empresas estão “esmagadas” por uma das maiores cargas fiscais da Europa. Vivemos num país de salários miseráveis, mas que possui dos combustíveis e energia mais caros da Europa. Vivemos num país em que a despesa do Estado representa 50% do PIB. São mais de 740 mil funcionários públicos e 13 mil estruturas administrativas para alimentar, sendo que grande parte delas ninguém sabe muito bem para o que é que serve.
Vivemos num país em que o Partido do Governo continua a alimentar os seus “boys”, encontra-se no centro de uma enorme rede de interesses e está fortemente associado aos muitos escândalos de corrupção.
Hoje, somos 12 Deputados e acredito que num futuro próximo seremos muitos mais. Estamos no caminho certo, liderados pelo homem certo, que tem demonstrado pelas suas ações, que tem tomado as decisões certas.
Hoje, temos mais de 1.000.000 de Portugueses que acreditam no nosso projeto político.
A nossa trajetória só tem um sentido: O ascendente.
Só temos de continuar a lutar unidos, em torno do nosso líder André Ventura: Por Portugal! Pelos Portugueses!
Texto.: Rui Afonso
Deputado na Assembleia da República
Presidente da Comissão Política Distrital do Porto