No nosso país, celebra-se o Feriado do dia 5 de outubro, como comemoração do Dia da Implantação da República em 1910.
Não é que a revolução perpetuada pelo Partido Republicano Português no século passado não tenha importância, porque tudo o que advém da nossa história, são marcos a eternizar, no entanto, continuamos sempre a alimentar a história e as histórias do faz de conta…
Neste tipo de efeméride, estamos a comemorar a tomada política, social e cultural dum país, completamente dominado por elites, e que desde o Séc. XIX andavam a orquestrar a forma de derrubar e mudar o regime. Ninguém lutava contra o invasor desconhecido que a muito breve prazo, iria destruir a Europa, contra os princípios e as teorias de esquerda socialista marxista, que já proliferavam pela Europa, nem sobretudo lutavam contra os pensamentos filosóficos de Engels, que viria a dar origem ao Socialismo científico, que nos anos seguintes daria origem a milhões de mortes por todo o oriente soviético.
Aqui fica um pensamento filosófico, dum português do séc. XX, que disse um dia “Nos reais problemas e nas reais soluções ninguém pensa, nem trabalha, apenas se interessam em fazer implodir o que de melhor tem o mundo, quem se preocupa com o mundo e quem trabalha para o mundo”.
Mas se quisermos ser honestos intelectualmente, o 5 de outubro já se deveria celebrar desde 1143, quando D. Afonso Henriques assinou o Tratado de Zamora, e tornou este retângulo à beira mar plantado, num território soberano e que daria novos mundos ao mundo.
Somos grandes não pela dimensão, mas pelo trabalho, pela dedicação, pelo sofrimento, pela resiliência e por acreditar que Nascemos para Servir e não para Ser Servidos.
Fomos um povo que desde o seu início, lutou sempre pela sua independência e levou ao mundo o seu principal símbolo, a CRUZ de CRISTO, como símbolo do Sacrifício e da Eternidade.
Por isso, “em vez de se preocuparem com o jardim do vizinho, preocupem-se é por ter a vossa casa limpa…” ou seja, em vez de se preocuparem com o que a ONU, a UE, o BCE, ou outras entidades europeias e mundiais opinam, pensem em trabalhar para um povo agastado pelas contingências sociais e financeiras. Pensem que mais de 12% da população portuguesa está à beira da pobreza.
Mais de 8% das famílias portuguesas não têm pão para a mesa. Lembrem-se que 1,5 milhões de portugueses não têm médico de família e que o envelhecimento galopante está a trazer problemas sociais que não serão resolvidos facilmente.
Estes sim são problemas que todos os D. Afonsos Henriques de agora, têm de combater… não se podem ficar por tratados, mas têm que alinhavar uma verdadeira política, focada em salvar de vez este país, há muito governado para dentro…
Chegou a hora de sermos, PORTUGAL, unus pro omnibus et pro omnibus
Paulo Seco
(Presidente da Distrital de Coimbra)