Infelizmente, o deplorável estado da Educação em Portugal, está morbidamente ligado ao estado lastimável governativo deste País, o qual, com 9 séculos duma rica vasta e louvável história, se encontra superiormente condenado a uma morte lenta e anunciada. Qual desfibrilhador cardíaco, qual quê… já nem o poder divino, do Rei D. Dinis conseguiria reequilibrar esta senda culturalista de esquerda.
Não nos serviu de muito em 50 anos, mudar com alguma regularidade de partido governativo, quer na cidade de Coimbra quer no país. O passo doble entre a Social Democracia e o Socialismo Marxista, apenas e só, nos teletransporta a olhos vistos, para uma sociedade morta cerebralmente, amorfa nos atos, alicerçada num paganismo político, onde o “umbigo” e a ideologia generalista, nos joga nas profundidades do abismo governativo.
Seja a nível local, ou a nível nacional, as tomadas de decisões sobre a reestruturação educativa, passa pelo rejuvenescimento mental das bases ministeriais/governativas e pela mudança de paradigma e postura, de quem analisa os quadros profissionais e do gabinete de estudos, que delineia o plano curricular educativo aplicado todos os anos.
Atualmente, e com a delegação de competências existente, previa-se que em certos contextos, os problemas estruturais de muitas escolas, fossem resolvidos de forma inteligente e mormente de forma expedita.
Mas para quem ridiculariza por vezes, a dormência intelectual de certas pessoas, parece que é deveras evidente o desleixo e sobretudo, a falta de respeito para com as crianças e pais, deste parque estudantil, que hoje são o foco da nossa luta.
Posto este enquadramento inicial, gostava de deixar algumas perguntas pertinentes.
a) Como é possível entrarmos numa escola de superior interesse público e sabermos que, as lâmpadas que estão nas salas de aulas dos nossos filhos, foram pagas pela Associação de Pais e Encarregados de Educação?
b) Até que ponto, é necessário recorrer à angariação de dinheiro através das “famosas rifas”, para se reparar as fitas dos Estores das salas de aulas?
c) Até quando, é que a Câmara Municipal de Coimbra irá fechar os olhos, à situação degradante que se encontra o parque educacional da cidade, e particularmente, no que à falta de manutenção aos WC’s dos Blocos de Aulas, do Pavilhão e do Refeitório, as quais não oferecem condições de higiene, consentâneas com a condição humana?
d) Que exemplo, ou que exemplos deram, ou estão a dar, as direções escolares antigas e as atuais da Escola EB 2,3 Dra. Maria Alice Gouveia, a vereação da educação e do urbanismo da Câmara Municipal de Coimbra, na solução deste prolongado problema?
Em forma de conclusão, as instalações atuais até podem ser antigas (se é que 30 anos é sinónimo de velhice), mas a falta de manutenção e sobretudo, o “empurrar com a barriga” dos problemas existentes, é paradigmático com o modelo venezuelizado, deste sistema arcaico de modelo educativo socialista.
Será que é para este tipo de planeamento, gestão, execução tardia e destruição, que os nossos impostos servem… se é, apenas me lembra de dizer VERGONHA socrática.
Paulo Seco
(Presidente da Distrital de Coimbra)