Infelizmente, o desordenamento territorial florestal no Distrito de Coimbra é demais evidente, no que à prevenção e combate aos Incêndios diz respeito.
Nas últimas décadas, o abandono da Floresta é notório, e a desabituar da limpeza das mesmas é gritante. No passado, a gestão dos ditos combustíveis florestais era feita, quer por necessidade da população para acomodamento dos seus animais “domésticos”, quer mesmo para a economia local de produção de alguns produtos.
A “migração” das populações dos concelhos mais rurais para as cidades, as mutações dos padrões de carater profissional, o tempo disponível das famílias e sobretudo, as consecutivas partilhas de parcelas florestais, originaram a imediata desordenação florestal, que até aos dias de hoje, tem sido tema recorrente na opinião pública.
Mesmo com a obrigatoriedade do registo dos mesmos no BUPi, o registo record de parcelas e toda a publicidade institucional feita, muitos são ainda aqueles que se encontram por assinalar. Quer por inércia dos seus donos, quer por desconhecimento da sua localização e/ou titularidade e quer por desconhecimento dos meios de registo, muitas poderão ser as desculpas, mas na realidade TODOS seremos os prejudicados.
Nesta terça-feira (25/06/2024), a CIM em sessão ordinária, vem argumentar que se não houver a devida preocupação e empenho dos proprietários, na limpeza das faixas de limpeza, dificilmente haverá condições humanas e estruturais para o fazer por parte dos municípios, e que na época “típica” de incêndios, a defesa das populações poderá estar em causa.
No âmbito do bem comum, a FLORESTA é o PETRÓLEO do povo português. Por isso, previna-se, limpe os seus terrenos e sobretudo, contribua para um ambiente mais saudável e sustentável para todos.
Paulo Seco
(Presidente Distrital Coimbra)