Não é de agora que os SMTUC vivem tempos de ebulição estrutural constante. Desde as crises internas políticas, às crises de gestão dos serviços, há falta contínua de investimento no seu parque de viaturas, desrespeito pelos recursos humanos (principalmente pelos motoristas) e particularmente, pelos próprios cidadãos da cidade e arredores, que todos os dias necessitam dos seus serviços de transporte.
Não está em causa os operacionais, sejam eles administrativos ou motoristas, cobradores ou mecânicos, está em causa quem tutela e define as estratégias que devem implementar ou implementam sem qualquer tipo de “freio criterioso”.
Não há ano, mês ou dia, que não haja convulsões internas, algumas das quais com origem em sindicatos que supostamente defendem os “interesses” dos trabalhadores.
Não me parece que seja por este caminho que a solução se encontre, mas até haver uma nova visão de gestão estratégica de índole financeira, estrutural, social, política e cívica, vai sendo este o único caminho trilhado por homens e mulheres que apenas e só, não querem que esta empresa sucumba a interesses dos mesmos de sempre, sejam socialistas ou sociais-democratas.
Começou hoje e decorrerá amanhã, mais um período de Greve, onde o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local convocou 44 dias de greve, aumentando progressivamente ao longo dos meses até setembro, mês das autárquicas.
Conforme dizia uma conhecida jornalista da praça pública, “Uma sociedade envelhecida não tem energia criativa. Sem atacar o problema demográfico não conseguiremos renovar o nosso tecido económico, atrair talentos e produzir riqueza”. Assim sendo, “Não é com vinagre que se apanham moscas”.
Façam cumprir Portugal e a solução será encontrada.
Paulo Seco
(Presidente da Distrital de Coimbra)