Nos últimos anos, a qualidade da alimentação servida aos alunos nas escolas de Coimbra, tem sido alvo de duras críticas por parte de pais, alunos e até funcionários escolares. As denúncias têm se multiplicado, levantando sérias preocupações sobre o impacto dessa situação na saúde e no bem-estar das crianças e adolescentes.
Diversos relatos apontam para refeições mal preparadas, e, em alguns casos, servidas de forma fria e em condições inadequadas de conservação.
Algumas imagens e testemunhos compartilhados nas redes sociais mostram alimentos de aspeto duvidoso, porções insuficientes e, em casos mais graves, até mesmo a presença de comida imprópria para consumo. A indignação cresce entre os encarregados de educação, que esperam que os seus filhos tenham acesso a uma alimentação equilibrada e segura enquanto estão na escola. Não é de esquecer, que em muitas situações, são as únicas refeições condignas que alguns alunos ingerem no seu dia a dia escolar.
A insatisfação, não se limita apenas aos pais e alunos. Funcionários escolares, incluindo auxiliares de ação educativa, também têm manifestado preocupação como as refeições são preparadas e distribuídas. Alguns afirmam inclusive, que a falta de controlo de qualidade e a redução de custos por parte das empresas responsáveis pelo fornecimento da alimentação são os principais fatores para essa degradação do serviço. Fica a pergunta no ar, e que não deixa de ser pertinente: ALGUÉM CONSEGUE CONFECIONAR UMA REFEIÇÃO DIGNA POR 1,46€ (valor pago por aluno)?
A Câmara Municipal de Coimbra e outras entidades responsáveis, já foram notificadas sobre a situação, e há pedidos crescentes para que medidas urgentes sejam tomadas. Algumas escolas chegaram a solicitar inspeções sanitárias, enquanto associações de pais pressionam por mudanças nos contratos com as empresas fornecedoras. O objetivo é garantir que as refeições servidas aos estudantes sejam nutritivas, seguras e de qualidade aceitável.
A alimentação escolar é um fator essencial para o desempenho académico e o desenvolvimento saudável dos alunos. Com a gravidade das denúncias, espera-se que as autoridades competentes tomem providências concretas para corrigir estas falhas e assegurar um serviço alimentar digno e condigno para todas as crianças e jovens que frequentam as escolas de Coimbra.
Paulo Seco
(Presidente da Distrital de Coimbra)