A situação do concelho de Serpa é um exemplo claro de como a má gestão pode condenar uma região ao atraso e à estagnação, porque, enquanto o País avança em termos de conectividade e desenvolvimento económico, Serpa continua a viver uma realidade paralela, onde a falta de acessibilidades, a ausência de investimentos estruturais e uma política de subsídios mal gerida perpetuam um ciclo de dependência e retrocesso.
A questão da internet e das telecomunicações em Serpa deveria ser uma prioridade absoluta para a autarquia, porque vivemos uma era digital, onde o acesso à informação e às ferramentas tecnológicas não é um luxo, mas uma necessidade básica para o desenvolvimento económico e social. Contudo, apenas 28,1% da população tem acesso a uma internet instável e, desses, mais de 80% não dispõe de fibra ótica, enquanto no resto do país essa cobertura atinge 89%, o que significa que Serpa não só dificulta a vida dos seus munícipes, como também repele potenciais investidores, nómadas digitais e jovens que poderiam trazer inovação e dinamismo ao concelho, onde a resposta da Câmara tem sido a inércia, ignorando o problema em vez de reunir essas empresas do setor e actuar como um verdadeiro agente facilitador da mudança.
Além disso, a dependência de subsídios sociais em Serpa é alarmante, com 5,4% da população a receber o Rendimento Social de Inserção (RSI), o dobro da média nacional, onde o problema não está apenas na assistência social em si, mas na forma como esta tem sido gerida, porque o RSI deveria ser um instrumento de apoio temporário para quem se encontra numa situação de necessidade e não um meio de subsistência permanente para quem recusa oportunidades de trabalho.
A autarquia tem o dever de pressionar o Governo a legislar com mais rigor, garantindo que o apoio chega a quem realmente precisa, sem alimentar uma cultura de dependência.
O desenvolvimento de Serpa exige liderança, visão estratégica e um compromisso real com aqueles que trabalham, investem e contribuem para o crescimento do concelho, tornando-se necessário criar incentivos para atrair empresários, melhorar infraestruturas, garantir serviços essenciais e, sobretudo, modernizar a região para que possa competir em pé de igualdade com o resto do país.
Serpa não pode continuar refém de políticas ultrapassadas e de uma gestão que não acompanha a evolução dos tempos.
A mudança não é apenas desejável, é essencial, porque o futuro de Serpa depende das escolhas que fizermos hoje.
Por Serpa, pelos Serpenses!
Mário Cavaco
Candidato à Câmara Municipal de Serpa
Partido CHEGA