Senhor Presidente,
Senhoras e Senhores Deputados,
Saúdo os mais de 8.400 peticionários desta Petição da Rede Pública de Lares.
Subo hoje a esta tribuna, com um propósito muito claro: dar voz àqueles que muitas vezes são esquecidos, abandonados e bastante maltratados, por um estado que há décadas virou as costas aos seus cidadãos mais experientes – os nossos pensionistas, os nossos idosos, e de forma bastante clara, os nossos pais e os nossos avós.
É inaceitável que, num país que se diz desenvolvido, envelhecer continue a ser uma condenação, em vez de ser, uma fase de respeito, reconhecimento e sobretudo cuidado. Sim, Senhores e Senhoras Deputadas, ouviram bastante bem, Cuidado ao Próximo.
Quando a nossa realidade social é vincada por pensões de miséria, lares clandestinos, listas de espera intermináveis e mensalidades incontornáveis, acho que está tudo dito.
Não podemos esquecer, que as políticas praticadas nas últimas décadas, apenas empurraram o país para a cauda da Europa no que ao auxílio à classe sénior diz respeito. Pasmem-se os mais incautos, atualmente mais de 600 mil idosos em Portugal vivem em risco de pobreza extrema ou mesmo exclusão social.
O Chega, no seu Plano Político de 2025, assume o compromisso de forma firme e inequívoca, de devolução a todos os seus séniores, da respetiva dignidade no centro da política social portuguesa.
Com propostas concretas e corajosas, chegou a hora de agir:
a) Há que reforçar a Rede Nacional de Lares Públicos, privados e Sociais, com uma fiscalização bastante rigorosa, e com uma gestão descentralizada e transparente, garantindo qualidade, dignidade e maior acessibilidade a nível financeiro, dando maior ênfase, naturalmente, ao interior do nosso País e ilhas.
Infelizmente a existência de lares clandestinos, não é apenas uma falha do sistema – é sobretudo, uma Vergonha Nacional.
b) Reiteramos o apoio ao envelhecimento em casa e reforço das valências sociais, dos Serviços de Apoio Domiciliário, Centro de Dia e Centro de Convívio, garantindo recursos humanos adequados, principalmente, acompanhamento médico, psicológico e social, e programas que combatam o isolamento e promovam a saúde física e mental.
Senhoras e Senhores Deputados,
Falar de envelhecimento, é falar de civilização e bastante humanismo. A forma como tratamos os nossos idosos é um espelho do nosso caráter coletivo.
O Chega não aceita que esse espelho continue a refletir um país indiferente, injusto e sobretudo desumano.
Chega de promessas vazias. Chega de paliativos. É tempo de políticas estruturais, corajosas e sobretudo eficazes.
Nenhum de nós caminha para novo, os idosos do amanhã, somos todos nós, nunca se esqueçam, os idosos deste país não exigem luxo,
Exigem Respeito, Dignidade e sobretudo Justiça.
É isso que o Chega, com firmeza e sem medo, exige em nome de todos eles.
Muito Obrigado.